Geraldo de Barros
Conheça um pouco sobre o artista brasileiro
Geraldo de Barros nasceu em Chavantes – São Paulo em 1923 e foi um exímio pintor e fotógrafo brasileiro. Além de fotografias e pinturas sua obra se estende também à gravura, artes gráficas e ao desenho industrial. Barros iniciou sua carreira dedicando-se à pintura de figura e paisagens mas tornou-se conhecido ao estabelecer vínculos com a arte experimental. Considerado um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil, além de ter sido um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro. As imagens de Geraldo de Barros se formam a partir da desconstrução, onde o efêmero, o fragmento, o tempo, o descontínuo, e a ação estão presentes. A partir da reordenação de elementos, o artista cria uma nova composição. Em seus trabalhos, estão sempre presentes as questões sociais e urbanas, além da inquietude diante da relação entre a arte e a sociedade.
Ao conhecer Mário Pedrosa em 1948, conhece a teoria da Gestalt, teoria geral da forma, o que influenciaria e mudaria definitivamente as características de sua produção. Na Gestalt o desenho não representa uma ideia visível e objetiva, as imagens se formam através de fatores como o equilíbrio, clareza, harmonia visual, entre outros. A partir daí, a forma, para Geraldo passa a ser o mais importante.
Atuou na Bauhaus, na Alemanha, e na School of Design nos Estados Unidos, ambas escolas de design, onde continuou atuando e contribuindo teoricamente com a fotografia e outras áreas da arte. Geraldo abandonou a fotografia por alguns anos e dedicou-se a outras artes e ao design. A partir de 1954 ajuda a fundar a cooperativa de trabalho Unilabor, desempenhando papel de grande importância no desenho industrial. Um amigo visita a oficina do mesmo e sugere a ele que monte ali uma marcenaria. Assim surge a Unilabor, que visava produzir móveis com uma nova proposta de design.
Em 1996, após ter sofrido diversas isquemias cerebrais e com suas funções motoras totalmente debilitadas, retoma seu processo fotográfico e com a ajuda de sua assistente, a fotógrafa Ana Moraes, realiza sua última produção: Sobras. Veio à falecer em 1998 em São Paulo. Geraldo sempre se manteve receptivo as mais diferentes manifestações e descobertas em qualquer área. Sem medo de ousar e de experimentar, acreditava sobretudo, na “liberdade como norteadora da vida”.
Por Jessica Marques