Obras de Le Corbusier
Da arquitetura à pintura
Nascido em Chaux-de-fonds, na Suiça, Charles Edouard Jeanneret Gris, mais conhecido como Le Corbusier, foi um dos mais importantes arquitetos do século XX, além de ser escultor e pintor.
Still Life Filled with Space (1924)
Ele que nunca andava sem um caderno de croquis em seu bolso, devotou metade de seus dias, durante mais de 45 anos, a escrever, pintar e desenhar – algo que ele chamava de ‘Atelier de la recherché patiente‘.Sua produção nas artes visuais é muito original, abrangendo um período que vai de 1917 a 1965. Até a Segunda Guerra Mundial, sua obra era basicamente fruto de suas pesquisas. Mais tarde, contudo, isso levou à concepção e difusão do Modulor, uma escala de proporções “harmônicas” criada pelo arquiteto em 1946.
Corde et Verres (1954)
Quanto ao fato de a pintura ser tomada como espaço de experimentação por um arquiteto reconhecido pela valorização da funcionalidade, para Le Corbusier, a forma antecede a função: “Se você olhar os arquitetos da modernidade, como o Le Corbusier e o alemão Walter Gropius, da Bauhaus, os dois se preocupam com a função. Mas, para Le Corbusier, existe quase uma autonomia da forma e essa é uma contradição muito interessante dentro da obra dele. Ele dizia que a arquitetura é uma máquina para ser habitada, mas também tem que ser uma máquina para emocionar”, diz um curador especialista nas obras do arquiteto. As pinturas são impactantes e expressivas.
Taureu (1956)
Por Jessica Marques